Dm Hoje eu acordei com o vento explodindo na minha janela Am E tentei sair do quarto num silêncio de capela C Só queria ter um tempo pra pensar sem compromisso G Nessa sua isenção que é o abrigo dos omissos Dm Lá fora os homens seguem se matando Am C Uns por dinheiro outros por um pedaço de pão G Afinidades entre a cruz que mata em nome de Deus E a espada que estraçalha o amor na mão dos irmãos Dm Não me assusta mas me esclarece Am Despreza a ciência faz uma prece C Esconde a mão manchada do sangue do corpo dos inocentes G Cês são Joaquim Silvério dos Reis, nós somos Tiradentes Dm Ouvi um grito vindo lá do beco escuro Am De uma criança sem pai perdida e sem futuro C G Seus olhos lacrimejavam o desespero de alguém Que sabe que será abatido, invisível e nada além Dm Quantas histórias assim ficaram no caminho Am Num cemitério de ideias me vi sozinho C Se sou canção sem refrão que fica na cabeça G Não interessa eu sigo firme e forte, tenho pressa Dm Amanheceu o novo dia e tudo é sempre igual Am Um loop eterno de notícias tristes no jornal C G Mentiras e verdades que confundem o cidadão de bem Eu sei quem é quem, eu sei quem é quem Dm O indiferente não se importa, ele só quer poder Am Fará o possível e impossível pra permanecer C Como um inseto pestilento em reprodução G Fatia o bolo entre a família sem preocupação Dm E pra encerrar, a minha carta não é um lamento Am É um aviso ao futuro de um novo tempo C A corte cairá, não sobrará ninguém G O tempo ruim vai passar do pai do filho Dm Ao Espírito Santo amém
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